Uma das realidades laborais que mais me espantou, uma, entre muitas, do Portugal profundo e mesquinho, foi a constatação da falta de capacidade de liderança dos que para isso são pagos.
Um dia sou chamada à atenção por um suposto erro. Num relatório, sugeri algures que o prazo não tinha sido cumprido por falta de feed-back superior. Levei nas orelhas e compreendi, demasiado tarde, o meu papel, quando interiorizei as sábias palavras que ouvia:
- Ouça, eu nunca faço elogios, apenas críticas. Os elogios não são para ser feitos porque aqui o trabalho tem que ser bem feito.E as botas bem lambidas, digo eu.