MÃE-GALINHA



2005-04-06

OUTRA NOITE

Amigas e experientes mães e comentadoras:
Muito obrigada por todos os conselhos no post abaixo deste mas, com excepção do feng-shui, já tudo foi tentado e em vão:
O biberão da meia-noite só serve para que ela acorde a esse hora e fique furiosa. Não bebe nadainha e ainda tenho que passar pelo tormento de voltar a adormecê-la! Deitá-la mais tarde é impossível já que, na maior parte dos dias, às oito da noite já a carochinha cambaleia de sono.

(Com as outras não foi assim. Ou melhor, com a Inês não foi assim, nunca deu trabalho para dormir. Com a Maria também penámos um bocado mas numa fase diferente - era mais pequena e aceitava bem um biberão à noite, o que lhe aconchegava o sono).

A noite passada foi bastante mais calma mas parece-me que a minha determinação também contribuíu para o sucesso da coisa. Tudo começou com o fim do jantar dela e o princípio do nosso. Em vez de papa de fruta no início da refição, apresentei-lhe uma banana ás rodelas no fim, para que se entretivesse enquanto jantávamos. Não resultou. Começou a espernear e a querer comer alface e eu, intransigentemente, não permiti. Ela não cedeu, nós também não, começou a birra e pareceu-me que o sono já estava a falar mais alto. Debaixo de muitas lágrimas, deitei-a e adormeceu em três tempos! Acordou às 21h45h, "mãe-mãe! coli-coli" e apontava para a porta , como que a pedir para ir para a nossa cama. Determinada como estava a que as coisas começassem a entrar nos eixos, peguei nela mas não saí do quarto. Cada vez que tentava pô-la na cama, recomeçava o berreiro. Por momentos parecia que estava a lidar com um recém-nascido! Ao fim de vinte minutos lá adormeceu de mão dada a mim, eu toda torcida, sentada no chão com um braço enfiado por entre as grades da cama e meia adormecida pela penumbra e pelo cansaço acumulado.

Acordou de novo ás cinco e meia. Nada mau! De novo o "mãe-mãe! coli-coli" e a apontar para a porta. "Queres papa?" - perguntei - Só gritos como resposta. "Queres água?" - Mais gritos. Optei por lhe preparar um biberão de cereais. Dei-lho para a mão, pus-lhe a chucha ali ao lado e aterrei na minha cama. Devo ter adormecido no mesmo segundo. A ela, acordei-a às oito.
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