- Fiz malas.
Levei agasalhos a menos. Estava fresco em Lisboa. Enganei-me nas contas dos pijamas e na última noite tive que vestir à Carminho um pijama da Inês. Dois tamanhos acima...- Viajamos de Aveiro a Lisboa -
com uma paragem para jantar na área de serviço de Leiria. Correu tão bem que até parecia mentira. A partir do quilómetro 49 as miúdas perceberam que existiam placas com a quilometragem. Passámos mais de meia hora a ouvi-las em contagem decrescente. - Acampámos em casa da Avó Ana.
- Tomei café com a Madalena.
Força! Para a fente é que é caminho. - Fomos ao oceanário.
As mais velhas repetiram uma dose que tinham provado ainda pequenas. Gostaram muito. A Carminho aprendeu uma palavra nova - pêch - mas durante a noite teve pesadelos.
- Mimámos o Vasco, primo das pintaínhas.
- Deixámos as crianças com a avó e saímos à noite! Eu regresse à uma. O pai, às cinco.
- Almocei sem filhas e sem marido, com dois grandes amigos que nunca se esquecem das pintaínhas - trouxeram patos e ovos.
- As pintaínhas procuraram ovos escondidos no quintal de casa da outra bisavó, avó do pai, que elas não conheceram mas cuja presença se sente em cada canto da casa e em cada gesto daquelas tias tão especiais.
- Adiantámos os relógios.
Continuam a existir relógios que eu não sei acertar. - Viajamos sem paragens (nem para xixis!), de Lisboa à Moita do Boi.
- Cantámos os parabéns à avó São.
- Recebemos os folares - amêndoas, chocolates, dinheiro e roupa. E um queijo.
- A Carminho atormentou os gatos da avó Emília.
- O pai regressou a Aveiro um dia antes.
Sem escolas na segunda-feira e eu com um dia de folga, foi mais divertido ficar ali, num sítio onde há muito mais asneiras para fazer - esmigalhar caracóis, correr em cima da erva molhada, espalhar a cinza do borralho e etc. - Viajámos até Aveiro, eu sózinha com as miúdas, debaixo de chuva e com muito trânsito.
- Desfiz as malas e escondi quase todos os chocolates.