MÃE-GALINHA



2005-01-11

O CASTIGO

Ainda hoje me arrepio com as imagens daquela água toda.
O mar tanto me acalma como me angustia. E a onda gigante reavivou em mim alguns medos.

Nem de propósito, como que a adivinhar-me os pensamentos e as angústias, a Inês não tem medida nas palavras (quero acreditar que tenha essa medida nos sentimentos):
- Ai desculpa! - digo eu
- Não desculpo! Vais para o castigo.
- Qual castigo? Para a prisão? (porque já sei que a Inês só atribui castigos deste género)
- Não. Vais morrer. Afogada!
(até me faltou o ar)
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© Rita Quintela
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