MÃE-GALINHA



2004-07-08

UM PEQUENO ACIDENTE

Tudo começou como uma enorme dose de brincadeira entre as três pirralhas. As mais velhas faziam macaquices e a pequenita ria, ria, soluçava de tanto rir. O pai ria também e eu fazia o jantar e pensava como era bom vê-las asism tão felizes.
À hora habitual de ir pôr a Carminho na cama, ele recusou. Esperneava e barafustava. OK, ficas aqui ao pé de nós enquanto jantamos. E ficou, a petiscar bocadinhos de queijo.
2º round - vou tentar deitá-la. Ficou sossegada. Mas passados 10 minutos voltou a reclamar a nossa presença. Não valia a pena insistir; voltei a tirá-la da cama e deixei-a brincar enquanto lia uma história da Anita às manas.
3º round - de novo para a cama, com as manas já deitadas. Começo a achar que já é demais. É tarde, está a ficar rabugenta com o sono. Canto, embalo, dou colo... Nada. E penso, erradamente - Vais para sala até caíres de sono.
E não é que caíu mesmo? Estava com a chucha na boca, desiquilibrou-se ao tentar apanhar um brinquedo. Caiu para a frente, magoou-se muito. Tinha muito sangue na boca. Chorava muito. Eu estava em pânico. O pai, mais calmo, disse - Vamos ver de onde vem o sangue. Não era de nenhum dente (esse era o meu mair medo, que tivesse partido um dentinho). Com compressas e água gelada lá estancámos o sangue. Ela acalmou-se. Afinal era só um pequeno golpe... Adormeci-a ao colo, com muitos miminhos e um grande peso na consciência.
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© Rita Quintela
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