é conhecida em toda a cidade pelo cognome de princesa-empadão.
Um dia, não há muito tempo, numa aula de ballet, todas as meninas (não há meninos, nas aulas de ballet das minhas filhas) foram convidadas a escolher que princesa queriam ser.
- princesa-fada!
- princesa-sereia!
- princesa-bailarina!
e por aí fora.
A minha filha Carmo é a maior e gritou com aquela voz esganiçada:
- Princesa-empadão!
Uma semana depois passei a ser abordada na rua acerca dos meus dotes culinários relativos à confecção do empadão.
A Carmo tem um fetiche com o empadão. Comprovei-o hoje quando descobri, no meu caderno de rascunhos, uma nota com mais de um anos:
"Noutro dia a Beatriz tinha uma coisa no braço e a D. pôs-lhe betadine, ou pomada, ou água ou empadão.
Sabes mãe, o empadão é uma coisa que se põe nas crianças para ficarem muito boas." Carmo,Out/06
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