O facto é que me desmotiva o excesso, e tenho tanto que não me contento com pouco.
Acho que é por isso que não tenho escrito.
É Janeiro, quase no fim, e as miúdas continuam rijas e a escapar às maleitas do inverno. Tirando um episódio de há uma semana com uma laringite na Carmo, mas que se curou mal me disseram que o tempo de espera na urgência seria de mais de seis horas. E um dia de febre na Maria que com caldinhos e ben-u-rons não passou disso.
Na noite da tosse rouca da laringite, assustei-me, pareceu-me que faltava o ar à miúda, e fugi para a urgência que aqui não fechou. Não fechou esta mas fecharam umas quantas aqui à roda e eu, que até então não ligara muito à coisa, senti na pele o peso de tanta gente. Mal saí da triagem e
manchestereada em verde, fiz-me ao caminho e regressei a casa. Sábia a enfermeira - o melhor é ir... Se ela piorar, volte cá daqui a umas horas que até às sete da manhã não perde a vez de certeza.
Descansada com o facto de ar lhe fluir, foi só chegar a casa. No dia seguinte estava rosada e sadia. Até fomos ao teatro.
Daqui a menos de dois meses é primavera e já tremo a pensar nos meus desgostos e na asma da Inês.
Nem pareço eu a falar mas
oxalá chegue depressa o Verão.
Etiquetas: elas todas, falar do tempo, maleitas, o país que temos, SNS