MÃE-GALINHA



2007-05-25

Lim f(x), x->+00

Vou agora ao centro de saúde buscar três caixas de pílulas. Nos centros de saúde há caixas de pílulas gratuitas. Divulgar isto não é serviço público porque, para bem de todos, é preciso que nasçam muitos bebés.
Vou agora ao centro de saúde, já com vinte e quatro horas de atraso, que era ontem que devia ter ido. Não deve haver crise. Logo seguem duas sem copo de água, que sempre assim foi e assim sendo só veio bem ao mundo que as minhas meninas são uns raios de luz que me iluminam. Em eu estando iluminada, o mundo é quase perfeito.
(Nota de rodameio - meninas programadas, sim? A do meio maisoumenos)

Antes disso vou passar na escola onde o pai apanha as filhas e mais uma amiga que vai de boleia para o ballet. O pai vai andar com as filhas de cá para lá e de lá para cá e havemos de nos encontrar em casa da minha mãe para jantar.
Hei-de passar pela escola para dar vinte euros ao pai que quer acreditar que é a santa casa que nos vai tirar da crise. Eu não vou em conversas e, pelo sim pelo não, vou-me equipar de luvas e avental e hoje aproveito que não chove para pintar meia dúzia de latas. O pai não gosta do cheiro das tintas. Também não gosta que eu cheire a tabaco, agora que é quase um vegan dos vicios(vai longe do fim, a minha saga). Eu gosto do cheiro dele.

Penso muitas vezes acerca dos meus limites para ter outro filho.

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