- Não me mandes o lanche da manhã embrulhado num guardanapo de papel!
- Foi só hoje, que o teu saquinho estava sujo.
- Pois pois! Mas assim não estás a ser amiga do ambiente!
Estou a criar ambientalistas do greenpeace que um dia se vão amarrar a árvores ou enfiar-se em barcos suspeitos. Não quero cá radicalismos em casa, nem mesmo radicalismos ecologistas, mas não sei se ainda vou a tempo.
Em nossa casa separa-se o lixo todo incluindo os óleos alimentares, temos um bio-compostor, não utilizamos sprays com cfc´s nem detergentes com excesso de fosfatos, somos uns ecologistas irritantes que nos preocupamos com a camada de ozono e nos aborrecemos com as pessoas que deitam lixo para o chão. Utilizamos guardanapos de pano que enrolamos em argolas manufacturadas no Nepal e cujas receitas revertem a favor duma campanha de apoio ao empreendorismo feminino.
Ontem usei UM guardanapo de papel e a miúda do meio esverdeou-se de fúria.
A favor, e a achar que ainda as posso demover:
- Milhares de fraldas descartáveis (já um dia fiz as contas por alto) - tenho pena de nunca ter experimentado as novas fraldas de pano. (Ora aqui está um bom motivo para mandar vir um joãzinho).
- Carro, sempre, que a bicicleta cansa-me e andar a pé é para quem não tem sacos para carregar todos os dias e a toda a hora, e mais uma miúda pequena que tem dias. Há dias em que a birra é para por um pé à frente do outro.
- Fruta normalizada, coisa nada ecologista, mas vão lá tentar dar três maças de tamanho e cor diferente as três crianças diferentes. É armar a confusão quando ela pode ser evitada e se para evitar confusões é preciso contornar valores (contornar diferente de espezinhar), nem hesito. Não gosto assim tanto de touradas sem touros.
* As activistas do greenpeace não se depilam, pois não?