Ser mãe de mais não me torna menos imune ao choro sentido e soluçado, agarrado ao meu pescoço, os braços esticados e
Quéio a mãe... não quéio ficá na icólaOntem pensei que seria do pós-mini-féria-carregadas-de-mimos-e-coisas-boas. Hoje estranhei.
Na enxurrada do choro dela e da minha pressa, minha não, das irmãs, no carro, em contagem decrescente para não chegarem tarde à escola, a educadora, que eu quase odeio por me arrancar a miúda dos braços e se rir com o choro dela*, leva-a para a janela e eu passo do lado de fora e vejo-a chorar com os olhos mais tristes do mundo.
Já conheço tão bem esta fase que devia despreocupar-me e concentrar-me nos tempos em que estou com ela. Não a tiro da escola. Ela precisa e eu também. Mas custa-me tanto, tanto.
* é um riso descompensado e desdramatizador. O que não lhe tira, ao riso, o antagonismo ao choro.