MÃE-GALINHA



2006-04-07

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Há uma actividade marcada para as quatro da tarde e que não começa a horas. Estamos num sítio diferente mas onde já estivemos no dia anterior, é um ensaio com os meninos todos, houve necessidade de aranjar uma sala maior, por empréstimo. Às quatro e vinte ligo para a escola e pergunto se o ensaio foi cancelado


- Não, não... Os professores estão só um bocadinho atrasados!


Ali, meninos sózinhos, que as mães lá levaram numa fugida do trabalho, eu, a Inês e meia dúzia de avós. Deixo a Inês com uma amiga que por acaso trabalha numa salas ao lado e vou embora. Como fez a minha mãe no dia anterior, às seis menos dez subo as escadas para a ir buscar. A sala está vazia. Um milésimo de segundo de pânico e outro telefonema para a escola

- Onde é que estão os meninos do ensaio?!
- Estão aqui na escola.

Vou. Chego. Salta-me a tampa. Muito. Muito. Muito.
Esecialmente por causa do olhar perdido da Inês, a quem eu tinha dito, duas horas antes, no outro sítio - "Não saias daqui sem eu vir aqui DENTRO buscar-te."

Os meninos estavam cansados; então decidimos vir embora e trazê-los aqui para a escola.

O detalhe, que para eles não teve a mínima importância mas que a mim quase me fez ter um colapso naquele tal milésimo de segundo, foi que se esqueceram de avisar os pais. (Nem que fosse com uma porcaria de um post-it na sala que eu encontrei vazia)
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