Chego do almoço e recebo um e-mail. Um entre alguns. Este, sendo da associação de pais, abro e leio.
Arrepio-me. Angustio-me. Estremeço.
Quatro meninas do primeiro ano terão sido abordadas por um homem que ofereceu dinheiro a uma delas. Uma das meninas é da turma da Maria.
Tudo se passou à porta da escola, na hora da saída.
A escola desvaloriza o caso e a mãe de uma das meninas liga para o presidente da associação. Entre lágrimas, conta o sucedido e descreve os pesadelos da filha.
Eu leio e releio o e-mai que relata o caso e estremeço outra vez.
Dado que os pais de uma das crianças são polícias, é montada vigilância. Sem efeito.
Depois o homem é visto mais uma vez mas nessa altura, nenhum adulto dá conta. Ficam mais uma vez apenas os relatos assustados.
Não quero acreditar que isto está a acontecer.
Vou ter que refazer o discurso do "não falem com ninguém porque há pessoas muito más que roubam meninos...". Mas que palavras mais realistas se podem usar com crianças desta idade? Como é que se protege mais e melhor?