MÃE-GALINHA



2005-01-10

0 TEMPO

A falta que o tempo me faz!
Não é só a falta de tempo; nos ultimos dias a inércia tomou conta de mim. Ressaca da semana passada, tão atribulada - a gastroenterite da Carminho, a minha quase-gastroenterite, o dedo cortado da minha irmã, a gastroenterite da minha mãe, a festa de anos da Inês, a escritura da casa, as minhas dúvidas...

A mim, falta-me sempre tempo para tudo mas agora, que escrever se tornou um vício, irrita-me que me falte tempo para isto. Sinto que se perdem relatos, histórias e memórias. Sinto que os dias ficam inacabados, sem estas pausas, que funcionam também como forma de meditação acerca das nossas vidas. Depois, falta-me o tempo para a vida dos outros. Cada vez menos me passeio por blogues de que tanto gosto, cada vez menos deixo a minha marca, cada vez me sinto mais longe de algumas pessoas que merecem mais. É o tempo, e só o tempo, que dita estes desvios. Melhores dias virão, acredito. O Inverno é pródigo em achaques, os dias são curtos e frios e à noite, nada apetece. Nem escrever.

Cheguei ao fim-de-semana de rastos mas com planos que chegassem para ocupar os dois dias - cotinados e prateleiras, passeios e almoços.
Quase tudo adiado, dada a dôr de barriga da avó, que assim não conseguiu ajudar a tomar conta das miúdas.
Mesmo assim, a tarde de Sábado foi passada entre bolas e crocodilos na festa de anos da Inês e no Domingo, fartos de estar em casa, enfiámo-nos no carro e fomos passear à praia. Excelente ideia.

De baterias recarregadas, fazemo-nos a mais uma semana. E o que mais quero é tempo (e claro, que a virose se vá de vez).
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© Rita Quintela
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