MÃE-GALINHA



2004-11-03

DÓI-DÓIS E PENSOS- RÁPIDOS

Pensei que a mania já lhe tinha passado há uns tempos.
Houve aí uma altura que eu não ganhava para pensos rápidos - tínhamos em casa uma consumidora compulsiva. Qualquer mínimo arranhão, borbulha, unha mal roída ou centímetro de cieiro eram um horror de dói-dói a precisar de rápido consolo com um penso-rápido. Cheguei a pensar que a mania se estava a transformar em obsessão mas rapidamente descobri que o acto de pedir o penso para o dói-dói eram também uma forma de chamar a atenção.
No infantário, não havia dia em que não fosse à enfermaria pedir um penso ou mercúrio ou hirudóide. A enfermeira já nem a podia ver aproximar-se da porta...

Durante uns tempos não se ouviu falar nem de pensos-rápidos nem de creminhos para o dói-dói. Agora tem andado com umas borbulhitas nas pernas e lembrou-se de dar uso aos que ainda restavam. A Inês, claro.
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© Rita Quintela
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